quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Mais de 30

Nos bons tempos, o pessoal do Titãs escreveu:

"Não confio em ninguém
Não confio em ninguém
Não confio em ninguém com mais de 30
Não confio em ninguém com 32 Dentes"

Confesso haver um certo exagero em termos de desconfiança na letra de "32 Dentes", mas tudo bem. Só escrevi isso para constar que, a partir de hoje, não inspiro mais confiança em Branco Mello, Marcelo Fromer, Sérgio Britto e turma.

Mas sem churrasco e exageros gastronômicos para comemorar, pois hoje é Quarta-feira de Cinzas...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Ponto Final.

Displicente: eis a palavra que encontrei em meu restrito vocabulário e que melhor expressa minha relação atual com as leituras (de livros, no caso). Estou muito displicente. É bem verdade que tenho algumas desculpas, mas tenho lido muito pouco, assim como escrito pouco.

A desculpa de falta de tempo justifica a leitura de textos curtos. Talvez seja este o motivo pelo qual a publicação que conseguiu atravessar este período inculto foi um livro com esta característica, o Livro da Família 2009. Publicado pela Província do Brasil Meridional da Compainha de Jesus há 63 anos (inicialmente era chamado de "Anuário Inaciano¨), o livro é um almanaque anual que trata de diversos assunto, como religiosidade, família, meio-ambiente, relações humanas, intercalados com piadas, curiosidades, contos e testemunhos dos leitores.

Além dele, os Jesuítas também ainda publicam sua versão em alemão, o Familien-Kalendar, já na sua 70ª edição (entre 1941 e 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, o livro não pode ser publicado).

Uma leitura que nos leva à reflexão e, além de tudo, agradável.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Antares

Esta é uma regra que eu criei e sigo à risca: uma ida à Argentina nunca estará completa se eu não sentar em um bar (ou restaurante), forçar o sotaque e pedir "¡Una Quilmes litro, por favor!".




Junto com o tango, Maradona, o Ford Falcon e a empáfia, a Quilmes é um dos maiores símbolos dos hermanos, praticamente um sinônimo para cerveja. Além de usar em seus rótulo as mesmas cores da bandeira nacional criado pelo General Belgrano, historicamente dominou o mercado cervejeiro local.



Até meados da década de 80, as marcas de seu portfólio (a minha preferida é a Imperial, uma espécia de "Quilmes Extra") detinham uma espécie de oligopólio cervejeiro. Com a entrada de outra marcas, em especial da Brahma e da Budweiser, a participação caiu, mas em 2006 ainda apresentava espantosos 75% de participação no mercado local. Naquele ano, a Quinsa (Quilmes Industrial S.A.), passou a ter 91% de seu capital controlado pela então AmBev (que já detinha 52% desde 2002).


Hoje é bastante comum encontrar garrafas de Quilmes nos mercados de Porto Alegre, São Paulo e, acredito eu, em outras praças brasileiras.

Isso hoje, porque antigamente não era assim, e para tomá-la somente atravessando a fronteira. Era algo exclusivo, assim como as sugestivas garrafas de litro (na verdade, 970 ml), só tinha por lá. É este o motivo de ainda manter o ritual citado no começo do texto, e talvez sejam estas lembranças do tempo em que a globalização cultural ainda não era tão marcante que fazem com que eu goste bastante da referida cerveja, mesmo após ter aprimorado em muito o meu paladar cervejeiro nos últimos tempos, e desenvolvido certa repulsa à maioria das cervejas produzidas em escala comercial. Deve ser o sabor da nostalgia.

Na verdade, eu quero escrever sobre outra cerveja castelhana, mas como é impossível falar de cerveja argentina sem mencionar a Quilmes...

O que eu quero mesmo é escrever sobre a marca que iniciou uma revolução no mercado cervejeiro no país de Evita, a Antares.



Fundada em Mar del Plata em 1998, a empresa produz cervejas diferenciadas e de excelente qualidade, a saber: Kölsch, Scotch, Porter, Cream Stout, Honey Beer, Barley Wine e Imperial Stout. O primeiro contato gustativo que eu tive com a marca foi com algumas garrafas que meu irmão trouxe-me de Buenos Aires.

Em minha viagem de férias, quando descobri que em Mendoza havia um bar da cervejaria, tratei logo de descobrir e conhecer o local. Para minha felicidade, eles dispunham de um sistema de degustação (pago, é óbvio), onde é possível experimentar em pequenos copos todas as variedades de cerveja produzidas pela empresa.




Fica difícil escolher uma preferida, mas o trio black (Porter, Cream Stout e Imperial Stout) deixou muitas saudades. Confesso que achei meio que um contracenso, mas em plena capital argentina do vinho as melhores bebidas que consumi foram cervejas. E que cervejas... Além destas, a empresa costuma desenvolver outros tipos de cerveja, sempre com produção limitada, como foi o caso da "Antares X años", uma ale com leveduras belgas e lúpulo patagônio, vendida para comemorar o décimo aniversário da cervejaria. Uma das garrafas, a de número 2166, está na minha adega, esperando o momento propício para ser apreciada.


Foi a Antares quem abriu as portas deste mercado, e hoje é possível encontrar diversas marcas de cervejas ditas "especiais" nos supermercados argentinos, como Cardos, Otro Mundo, Viejo Munich, Barba Roja, Bolsón, algumas muito boas, outra nem tanto, mas em prateleira que até tempos atrás apenas era possível encontrar um único estilo, a variedade de hoje em dia é uma excelente notícia.

Mas isso não significa que deixei minha Quilmes de lado: ela tem um lugar especial no meu coração nostálgico, seja na costanera, no peatonal...








Fotos: arquivo pessoal

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Camiseta do K'CETA 2009

Em primeira mão, aqui no ADHD Controlado, a camiseta do K'CETA para o carnaval 2009.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

A crise econômica e eu.

Sabe essa crise que tem por aí? Empresas demitindo, bancos quebrando, bolsas caindo... não sei se devia contar, mas é tudo culpa minha.
Pois é, por minha causa a economia não vai pra frente, e a explicação é muito simples:
No que está baseada a economia em escala mundial???
No CONSUMO! A economia mundial somente mantem-se bem quando o consumo não apenas existe mas também se expande. Resumo da ópera: precisamos comprar, comprar e comprar sempre mais, senão a economia quebra. Simples, não?
O problema é que eu não tenho feito a minha parte. Sou um péssimo consumidor, e é esta minha atitude pouco consciente que tem abalado significativamente a economia. Querem exemplos?
Não lembro quando foi a última vez que sentei em um bar e pedi "uma Coca-cola, por favor!". Já devem passar mais de 15 anos da última vez que eu comprei uma Coca. E nem é por protesto ou boicote a este "símbolo do imperialismo americano", eu simplesmente não gosto muito de refrigerante, especialmente os de cola. Mas agora eu penso: quantas pessoas não perderam seus empregos por causa desta minha atitude, seja na fábrica do refri, nos atacados, supermercados, bares? Como posso estar sendo tão omisso?
E os tênis, em toda a minha vida apenas duas vezes comprei tênis que custassem mais do que R$ 100,00. E uso muito os meus tênis, à exaustão. O mesmo se dá com o vestuário, comprar roupas é algo que faço com pouquíssima frequência. Não é à toa que as indústrias couro-calçadista e têxtil estejam nesta pindaíba.
E a indústria automobilística, grande termômetro da economia? Eu nunca, mas nunca mesmo comprei um carro zero. E pra agravar, nem movimento o setor de usados, pois meus dois carros são do século passado. Quando vejo os trabalhadores do ABC que perderam seus empregos, desligo a tv ou troco de canal para evitar o remorso.
E o que dizer do setor financeiro? Eu não utilizo cheque especial, não faço compras no crediário e nunca peguei financiamentos. A gerente do meu banco deve querer o meu pescoço.
E as pulseirinhas, brincos, pingentes, tornozeleira e sei mais o que que os hippies fazem com sementes e outras coisas que a natureza lhes dá? Nunca comprei nada disso. Quantos hippies não entraram para a delinquência e o tráfico de drogos porque não ajudei a alavancar seus empreendimentos?
Jesus Cristo, como posso ser tão malvado?
Sorte que no mundo há pessoas conscientes, que não medem esforços para o crescimento da economia. Dias atás um amigo contou-me, aterrorizado, que sua funcionário comprara uma calça no valor de R$ 250,00. "Germano, ela ganha VINTE VEZES MENOS do que eu! VINTE VEZES!!! Eu nunca comprei uma calça cujo valor tivesse mais do que 2 dígitos! NUNCA!!!"
Eu até compreendi a indignação do meu amigo, mas confesso que fiquei feliz pela moça. Graças a pessoas como ela que mais esta crise logo será superada.
Related Posts with Thumbnails